O Projeto Olho no Verde realiza o monitoramento sistemático de uma área de sete mil quilômetros quadrados de Mata Atlântica, onde estão os principais remanescentes florestais do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de reprimir o desmatamento ilegal.
Para isso, utiliza imagens de satélite de alta resolução obtidas semanalmente, o que permite identificar, com precisão, desmatamentos a partir de 300 metros quadrados, ou seja, até mesmo o corte de uma única árvore.
As imagens captadas são enviadas para o laboratório de georreferenciamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde passam por uma triagem e são comparadas regularmente. Toda vez que uma diferença no padrão de cor é constatada, com perda de cobertura verde, são criados os alertas, que são checados em campo em ações coordenadas de fiscalização e são tomadas as medidas pertinentes como notificação. Os dados são sistematizados para gerar um perfil do desmatamento do Estado.
A fiscalização envolve a Coordenação Geral de Fiscalização do Inea, as superintendências regionais, equipes das unidades de conservação estaduais, o Comando de Polícia Ambiental (CPAm), e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
Desde seu início, em 2016, foram selecionados mais de 856 alertas (imagens) para vistoria, dos quais aproximadamente 582 casos indicaram supressão de vegetação e/ou alguma intervenção irregular local, com área equivalente a 173 hectares. Esse trabalho permite direcionar, de forma mais ágil e precisa, as fiscalizações com o objetivo de reprimir o desmatamento ilegal.
A expectativa sobre o Programa, mais do que os números gerados, é seu efeito preventivo junto à sociedade, ciente de que a cobertura florestal fluminense tem um monitoramento com esse nível de excelência.